terça-feira, 23 de março de 2010

A Ortografia

Para reflexão:

Conta-se que um menino quando foi para a escola dizia, com frequência, “cabeu” no decorrer das suas conversas. A professora, preocupada, corrigia-o, dizendo “não é cabeu, é coube!” O menino repetia “coube”, mas em seguida, repetia novamente “coube”.
Após um certo número de tentativas infrutíferas para corrigir o aluno, a professora chamou-o, entregou-lhe uma folha de papel e disse
“Agora, vamos ver se aprende de uma vez por todas. Enquanto os outros vão ao recreio, o menino fica na sala e escreve cem vezes coube, nesta folha.
O aluno muito contrariado começou a escrever. Após algum tempo, já tinha preenchido a página toda com coube, coube, coube... Entregou-a, então, à professora, que, desconfiada, contou quantas vezes o aluno tinha escrito a palavra. Contou apenas 98. Então, reclamou: “Eu não o mandei escrever 100 vezes? Quis enganar-me? Só escreveu 98!?”
O aluno, com a maior simplicidade justificou-se; “É que não cabeu na folha, senhora professora”.
É vulgar ouvirmos os nossos alunos perguntarem: " Senhora professora, casa é com s ou com z?
Estas dúvidas e situações como esta são comuns e o grande problema está na sua solução.
De facto, durante muito tempo, adoptou-se a estratégia da repetição escrita (e exagerada) da palavra, esperando que os alunos decorassem rapidamente a grafia correcta...
Pensamos, contudo, que a solução estará nas estratégias utilizadas. Entre outras, apresentamos algumas:
-Planificar actividades que favoreçam a observação de determinados aspectos da ortografia, de forma lúdica, preferencialmente actividades que levem o aluno à descoberta das regras;
-Construção das regras com os alunos, a partir de um desafio, uma situação proposta para a turma solucionar;
-Registar, no quadro, os erros mais frequentes dos alunos, para análise, reflexão e discusão, em conjunto;
-Focalizar os segmentos das palavras, de forma a que o aluno compreenda e perceba as regularidades existentes no sistema de escrita...

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